A obra produzida por Caetano chama-se “Delicatesse” e
representa uma galinha ruiva sobre a qual ele sobrepôs
asas de um galo de luta. Rodeada de flores delicadas, a ave
segura um ovo com uma das patas. Utilizando diferentes
formas, criou uma galinha provocatória, dramática e
contemporânea, bem a par com o mundo de hoje, cheio
de contradições e contratempos. Caetano fez questão
de preservar as formas originais da Bordalo, mesmo que
acopladas, no sentido de manter o humor que a cerâmica
Bordalo carrega, aspecto que especialmente lhe encantou.
Divertia-lhe, nessa cidade tomada pelo espírito Bordalo,
visitar não só o Museu das Cerâmicas, como passear pelo
grande Jardim em frente ao showroom da fábrica, repleto
de gigantescos animais, cavalos marinhos e tantos outros
bichos de cerâmica.
O poético trabalho de Tunga, um prato onde nas bordas
passeiam dois lagartos, um com duas cabeças e o outro
com duas caudas, apelidado pelo artista de “Transbordá-
lo”, inspirou-lhe alguns versos reveladores: “Trânsito de
Bordas / Bordado Transe / Dá em Dobras / Obra e Antro”.
Vick Muniz deu a sua obra o nome de “Colador de Cacos”
e explica no catálogo: “A Faiança é um material simbólico
da continuidade de valores dentro de uma família através
de gerações, tanto pela sua fragilidade como pela sua
hereditariedade. Me recordo da dor que minha mãe sentia
cada vez que alguma louça antiga se quebrava em casa”.
Já Adriana Barreto fez uma sopeira/abrigo com passagens
e aberturas que chamou de “Caldos da Rainha”. O artista
Barrão criou a “Terrina Noé”. Com a paleta das cores
bordallianas e a partir da apropriação de objetos díspares,
criou sobre a tampa uma composição naturalista. Para
o trabalho “Beijo”, Erica Verzutti escolheu elementos do
trabalho de Bordalo Pinheiro que privilegiam a forma e seus
contornos. “A escolha dos vegetais - o pimentão, o rabanete
e o aspargo - foi uma aproximação imediata, já que costumo
trabalhar a partir de frutas e vegetais”.
La obra producida por Caetano se llama “Delicatesse” y
representa una gallina colorada sobre la cual él sobrepuso alas
de un gallo de pelea. Rodeada de flores delicadas, el ave sostiene
un huevo con una de las patas. Utilizando diferentes formas, ha
creado una gallina provocadora, dramática y contemporánea,
muy de acuerdo con el mundo de hoy, lleno de contradicciones
y contratiempos. Caetano no dejó de lado de preservar las
formas originales de Bordalo, aunque acopladas, en el sentido
de mantener el humor que la cerámica Bordalo carga, aspecto
que especialmente le ha encantado. Le divertía, en esta ciudad
tomada por el espíritu Bordalo, visitar no sólo el Museo de las
Cerámicas, sino también pasear por el gran Jardín en frente
al showroom de la fábrica, con muchos animales gigantescos,
caballitos de mar y tantos otros bichos de cerámica.
El poético trabajo de Tunga, un plato con bordes donde pasean
dos lagartos, uno con dos cabezas, otro con dos colas, que el
artista dio el apodo de “Transbordarlo”, le inspirado algunos
versos reveladores: “Tránsito de Bordes / Bordado Trance / Da en
Pliegues / Obra y Antro”. Vick Muniz dio a su obra el nombre de
“Pegador de Fragmentos” y aclara en el catálogo: “La fayenza
es un material simbólico de la continuidad de valores dentro de
una familia a través de generaciones, tanto por su fragilidad
como por su herencia. Me acuerdo del dolor que mi madre
sentía cada vez que se rompía alguna vajilla antigua en casa”.
A su vez, Adriana Barreto hizo una sopera/abrigo con pasajes y
aberturas que dio el nombre de “Caldos da Rainha”. El artista
Barrão creó la “Tierrita de Noé”. Con la paleta de los colores
bordallianos y a partir de la apropiación de objetos dispares,
creó sobre la tapa una composición naturalista. Para el trabajo
“Beso”, Erica Verzutti eligió elementos del trabajo de Bordalo
Pinheiro que privilegian la forma y sus contornos. “La elección
de los vegetales - los morrones, el rábano y los espárragos - fue
un acercamiento inmediato, ya que suelo trabajar a partir de
frutas y vegetales”.
Rafael Bordalo Pinheiro na Fábrica de Faianças das Caldas da Rainha (Portugal)
trabalhando na jarra Cunha Vasco.
Jarra “A Dança das Rãs” Rafael Bordalo Pinheiro
22
De Estilo e Olhar /
De Estilo y Mirada
1...,12,13,14,15,16,17,18,19,20,21 23,24,25,26,27,28,29,30,31,32,...120