Para sorte nossa, entretanto, em 1908, em um terreno ao
lado da antiga fábrica, seu filho fundou aquela que chamou
de Fábrica Bordalo Pinheiro - e que sobrevive até hoje, graças
ao grupo português Visabeira que, preocupado na perpetuação
do artesanato e da pequena indústria tradicional portuguesa,
a adquiriu em 2009.
Para ser diretora artística da atualmente chamada Faianças
Artísticas Bordalo Pinheiro, foi convidada a artista plástica
Elsa Rebelo, que cuidou da recuperação de moldes originais
antigos, o que permite que hoje possam ser reproduzidas peças
descontinuadas. Elsa, apaixonada pelo novo metier, tratou de
fazer a catalogação de toda a produção bordalliana. Para cada
produto criou fichas técnicas com informações sobre as cores
a serem empregadas e o modo de aplicá-las de acordo com as
premissas do artista que o idealizou.
Marca registrada, ou melhor, a verdadeira griffe da Bordalo é o
desenho da “Folha de Couve”. Quem ainda não se deparou com
pratos verdes imitando folhas ou com a sopeira bem redonda
tal uma grande couve? Pois a Bordalo fez essa linha em cor
de rosa, linda de morrer, assim como fez travessas, sopeiras,
molheiras, potes, potinhos e muito mais, imitando bananas,
girassóis, morangos, flores, aves, peixes, caranguejos e o que a
imaginação extraísse das formas da natureza. Sempre houve na
Bordalo a diferenciação entre a linha artística e a utilitária. Há
também a humorística, com figuras populares que não poupam
da sátira nem os ricos nem os pobres. Nessa qualidade tem-se
ainda os chamados bules em movimento, com duas cabeças e
escarradeiras ou penicos que satirizam o personagem inglês John
Bull, símbolo de maus momentos vividos pelos portugueses pois
lembra-lhes o “Ultimatum” infringido pelos britânicos em 1890.
Pero, para nuestra suerte, en 1908, en un terreno al lado de la antigua
fábrica, su hijo fundó aquella a la que puso el nombre de Fábrica
Bordalo Pinheiro – y que sobrevive hasta hoy gracias al grupo portugués
Visabeira que, preocupado con la perpetuación de la artesanía y de la
pequeña industria tradicional portuguesa, la adquirió en 2009.
Para ser directora artística de la que actualmente se llama Fayenzas
Artísticas Bordalo Pinheiro, invitó a la artista plástica Elsa Rebelo, que
cuidó de la recuperación de moldes originales antiguos, lo que permite
que hoy se puedan reproducir piezas discontinuadas. Elsa, enamorada
del nuevo oficio, trató de hacer la catalogación de toda la producción
bordalliana. Para cada producto, creó fichas técnicas con informaciones
sobre los colores que se emplearán y el modo de aplicarlos según las
premisas del artista que lo idealizó.
Marca registrada, o mejor, la verdadera grife de Bordalo, es el diseño de
la “Hoja de Col”. ¿Quién todavía no se ha deparado con platos verdes
que imitan hojas o con la sopera bien redonda como una gran col?
Pues, Bordalo hizo esa línea en el color rosa, más que linda, así como
hizo fuentes, soperas, salseras, tarros, tarritos y mucho más, imitando
bananas, girasoles, frutillas, flores, aves, peces, cangrejos y lo que la
imaginación extrajera de las formas de la naturaleza. Siempre hubo en
Bordalo la diferenciación entre las líneas artística y utilitaria. También
hay la humorística, con figuras populares que no libran de la sátira ni
a los ricos ni a los pobres. En esta calidad, también están las llamadas
teteras en movimiento, con dos cabezas, y escupideras u orinales que
satirizan al personaje inglés John Bull, símbolo de malos momentos
vividos por los portugueses, pues les hacen acordar el “Ultimatum”
infringido por los británicos en 1890.
Rafael Bordalo Pinheiro a bordo no Navio Brasileiro Tupy,
em Lisboa, durante a visita do Presidente da República
do Brasil, Campos Sales (1898)
Vista interior das oficinas
da Fábrica de Faianças das
Caldas da Rainha (Portugal)
Talha Manuelina
Rafael Bordalo Pinheiro
(1892-1893)
19
1...,9,10,11,12,13,14,15,16,17,18 20,21,22,23,24,25,26,27,28,29,...120