Instalado sob o lendário Edifício Chopin e ao lado
        
        
          do hotel Copacabana Palace, ambos palco das mais
        
        
          badaladas festas cariocas, o antiquário Arnaldo
        
        
          Danemberg reúne um importante e considerado acervo
        
        
          de mobiliário dos séculos XVIII e XIX. Formado em
        
        
          Direito, AD, como é carinhosamente chamado, trabalhou
        
        
          no Pinheiro Neto, um dos mais conceituados escritórios
        
        
          de advocacia da América Latina. Mas, impulsionado
        
        
          por sua veia artística e influenciado pelo pai, seguiu
        
        
          outros caminhos e fundou, há 32 anos, o Antigualha,
        
        
          na Rua do Lavradio, conhecida também como a Rua
        
        
          dos Antiquários, no bairro da Lapa. “Desde pequeno
        
        
          meu pai me levava aos leilões e exposições de arte.
        
        
          Eventualmente  comprava e vendia algumas coisas e eu
        
        
          já sugeria a ele algumas peças”, relembra Arnaldo. Mas
        
        
          foi com a professora Tilde Canti, papisa do mobiliário
        
        
          nacional e responsável pelas principais obras sobre o
        
        
          tema, que Arnaldo se profissionalizou. “Fiz dois cursos
        
        
          com a Tilde e depois tive a sorte dela me convidar para
        
        
          ser seu assistente em uma pesquisa sobre o mobiliário
        
        
          do século XIX. Fiz todo o trabalho de campo, visitando
        
        
          museus e fazendas no Brasil, principalmente Minas
        
        
          Gerais e Vale do Paraíba. Foi um trabalho formidável”.
        
        
          Quando Tilde adoeceu e se mudou para São Paulo,
        
        
          ela entregou para Arnaldo todo o seu material. Foi
        
        
          então que ele decidiu, após seu casamento, se mudar
        
        
          temporariamente para a Bélgica, terra natal de sua
        
        
          esposa. “Eu pedi uma carta de apresentação, pois ela
        
        
          conhecia um professor belga. Para minha surpresa, ela
        
        
          me enviou uma carta explicando que não encontrou o
        
        
          endereço do professor e escreveu um trecho em francês,
        
        
          anexando uma folha assinada em branco. Para mim é
        
        
          uma benção, ela foi minha mestra e é o meu pilar até
        
        
          hoje. Com ela eu percebi o quanto é importante não só
        
        
          a pesquisa, mas as consultas às bibliotecas e biografias.
        
        
          Isso foi determinante na minha formação. Eu passava
        
        
          meus sábados nos museus do Rio de Janeiro com o livro
        
        
          dela, lendo a descrição e observando a própria peça”,
        
        
          explica. No seu escritório, repleto de objetos decorativos,
        
        
          lembranças de viagens e livros, as obras de Tilde ocupam
        
        
          lugar de destaque, assim como a carta e a folha em
        
        
          branco, ambas emolduradas.
        
        
          Arnaldo também estudou e pesquisou em Portugal, nos
        
        
          museus do Porto e Lisboa, além da França, Inglaterra e
        
        
          Brasil, onde visitou todas as igrejas de Salvador, apoiado
        
        
          pelo cardeal Dom Lucas Moreira Neves (1925- 2002).
        
        
          Paralelamente ao trabalho de comercialização no
        
        
          antiquário, Arnaldo lecionou nas principais universidades
        
        
          cariocas e palestrou na Universidade da Sorbonne,
        
        
          Nanterre e Le Havre e em diversos Liceus franceses.
        
        
          
            Instalado bajo el legendario Edificio Chopin y al lado
          
        
        
          
            del hotel Copacabana Palace, ambos escenario de las
          
        
        
          
            más frecuentadas fiestas de Río de Janeiro, el anticuario
          
        
        
          
            Arnaldo Danemberg reúne un importante y considerado
          
        
        
          
            acervo del mobiliario de los siglos XVIII y XIX. Graduado
          
        
        
          
            en Derecho, AD, como es cariñosamente conocido,
          
        
        
          
            ha trabajado en Pinheiro Neto, uno de las más
          
        
        
          
            conceptuadas oficinas de abogacía de América Latina.
          
        
        
          
            Pero, impulsado por su vena artística e influenciado
          
        
        
          
            por el padre, ha seguido otros caminos y fundó, hace
          
        
        
          
            32 años, el Antigualha, en la Rua do Lavradio, conocida
          
        
        
          
            también como la Rua dos Antiquários, en el barrio
          
        
        
          
            Lapa. “Desde chico mi padre me llevaba a las subastas
          
        
        
          
            y exposiciones de arte. Eventualmente, compraba y
          
        
        
          
            vendía algunas cosas y yo ya le sugería algunas piezas”,
          
        
        
          
            recuerda Arnaldo. Pero, fue con la profesora Tilde
          
        
        
          
            Canti, papisa del mobiliario nacional y responsable por
          
        
        
          
            las principales obras sobre el tema, que Arnaldo se ha
          
        
        
          
            profesionalizado. “Hice dos cursos con Tilde y después
          
        
        
          
            he tenido la suerte de recibir su invitación para ser
          
        
        
          
            su asistente en una investigación sobre el mobiliario
          
        
        
          
            del siglo XIX. Hice todo el trabajo de campo, visitando
          
        
        
          
            museos y quintas en Brasil, principalmente Minas
          
        
        
          
            Gerais y Vale do Paraíba. Fue un trabajo formidable”.
          
        
        
          
            Cuando Tilde se enfermó y se trasladó a São Paulo, ella
          
        
        
          
            le entregó a Arnaldo todo su material. Fue entonces
          
        
        
          
            que él decidió, después de su matrimonio, mudarse
          
        
        
          
            provisoriamente a Bélgica, tierra natal de su esposa.
          
        
        
          
            “Pedí una carta de presentación, pues ella conocía
          
        
        
          
            a un profesor belga. Para mi sorpresa, ella me envió
          
        
        
          
            una carta explicando que no había encontrado la
          
        
        
          
            dirección del profesor, y escribió un párrafo en francés,
          
        
        
          
            adjuntando una hoja firmada en blanco. Para mí es una
          
        
        
          
            bendición, ella ha sido mi maestra y es mi pilar hasta
          
        
        
          
            hoy. Con ella me he dado cuenta de cómo es importante
          
        
        
          
            no sólo la investigación, sino también las consultas a las
          
        
        
          
            bibliotecas y biografías. Eso ha sido determinante en mi
          
        
        
          
            formación. Pasaba mis sábados en los museos de Río
          
        
        
          
            de Janeiro con el libro de ella, leyendo la descripción y
          
        
        
          
            observando la propia pieza”, explica. En su oficina, llena
          
        
        
          
            de objetos decorativos, recuerdos de viajes y libros, las
          
        
        
          
            obras de Tilde ocupan lugar de destaque, así como la
          
        
        
          
            carta y la hoja en blanco, ambas enmarcadas.
          
        
        
          
            Arnaldo también estudió e investigó en Portugal,
          
        
        
          
            en los museos do Porto y Lisboa, además de Francia,
          
        
        
          
            Inglaterra y Brasil, donde visitó todas las iglesias
          
        
        
          
            de Salvador, apoyado por el cardenal Dom Lucas
          
        
        
          
            Moreira Neves (1925-2002).
          
        
        
          
            En paralelo al trabajo de comercialización en el
          
        
        
          
            anticuario, Arlando dio clase en las principales
          
        
        
          
            universidades de Río de Janeiro y dictó conferencias
          
        
        
          
            en las Universidades de La Sorbona, Nanterre y
          
        
        
          
            Le Havre y en diversos Liceos franceses.
          
        
        
          
            28
          
        
        
          
            Matéria-prima /
          
        
        
          
            Materia Prima