Revista Hall 47ª Edição - julho de 2016 - page 18

No princípio, na segunda metade da década de 50,
haviam Zanine Caldas, Sergio Rodrigues, Jorge
Zalszupin e Joaquim Tenreiro. Pausa dramática.
A cena do design brasileiro só voltou a exibir sinais
vitais com os Irmãos Campana, nos anos 1990. Pela
estrada pavimentanda por eles, passariam, muito
lentamente, nomes como Nido Campolongo, Hugo
França, Jacqueline Terpins, Marcelo Rosenbaum,
Luciana Martins e Gerson Oliveira, Nada se Leva.
Mas talvez só agora, com a projeção internacional
dos nossos mestres, é que a coisa esteja, de fato,
reverberando. A mobília brasileira dos anos 50 e 60
é considerada uma das melhores do mundo e vem
sendo comercializada a cifras aquilatadas em leilões
de arte vintage, sem falar que peças expressivas da
nossa produção, como a poltrona Favela, dos Irmãos
Campana, e a cadeira Paulistano, de Paulo Mendes da
Rocha, compõem acervos importantes da história da
mobília mundial, como o do MoMA, de Nova York. Em
abril passado, por exemplo, a milanesa Nilufar, uma
das mais respeitadas galerias de design do planeta,
dedicou sua tradicional – e disputada – exposição
durante a Design Week, ao mobiliário brasileiro.
E a indústria finalmente começou a abrir uma
pequena fresta para os novos criadores, na mesma
demão em que cursos acadêmicos começam a
se multiplicar no setor. Ainda há pouco espaço
para essa nova geração, fato diretamente ligado à
economia do País, à cultura de consumo e à falta
de informação acerca dos valores e vantagens
por trás de cada peça assinada. Mas ver Rodrigo
Almeida, Zanini de Zanine, Jader Almeida, Guto
Requena, Maurício Arruda, Bruno Jahara, Fetiche,
Nicole Tomazzi, Sergio Mattos, Carol Gay e tantos
outros artistas ganhando o mundo em exposições
internacionais é animador. Também é interessante
perceber como grifes nacionais apostam no novo,
incentivando quem chega e desencadeando uma
reação produtiva no circuito alternativo.
A seguir, apresentamos alguns jovens criadores da
chamada geração “sub 30” que já estão fazendo e
acontecendo no mercado. Como cantava Elis Regina,
“o novo sempre vem”.
Al principio, en la segunda mitad de la década de
1950, estaban Zanine Caldas, Sergio Rodrigues, Jorge
Zalszupin y Joaquim Tenreiro. Pausa dramática. La
escena del diseño brasileño sólo volvió a mostrar señales
vitales con los hermanos Campana, en los años 1990.
Por el trayecto facilitado por ellos, pasarían, muy
lentamente, nombres como Nido Campolongo, Hugo
França, Jacqueline Terpins, Marcelo Rosenbaum,
Luciana Martins y Gerson Oliveira, Nada se Lleva.
Pero tal vez ahora, con la proyección internacional
de nuestros maestros, la situación esté, de hecho,
efervescente. El mueble brasileño de los años 1950 y 1960
es considerado uno de los mejores del mundo y viene
siendo comercializado en cifras importantes en subastas
de arte vintage, sin mencionar que las piezas expresivas
de nuestra producción, como la butaca Favela, de los
Hermanos Campana, y la silla Paulistano, de Paulo
Mendes da Rocha, componen acervos importantes de la
historia del mueble mundial, como en MoMA, de Nueva
York. En abril pasado, por ejemplo, la casa Nilufar, de
Milán, una de las más respetadas galerías de diseño del
planeta, dedicó su tradicional -y disputada- exposición
durante la Design Week, al mueble brasileño.
Y la industria finalmente comenzó a abrir una pequeña
rendija para los nuevos creadores, en el mismo sentido
en que cursos académicos comienzan a multiplicarse
en el sector. Todavía hay poco espacio para esa nueva
generación, hecho directamente relacionado a la
economía del país, a la cultura del consumo y a la falta
de información sobre los valores y ventajas por detrás de
cada pieza firmada. Pero ver a Rodrigo Almeida, Zanini
de Zanine, Jader Almeida, Guto Requena, Maurício
Arruda, Bruno Jahara, Fetiche, Nicole Tomazzi, Sergio
Mattos, Carol Gay y tantos otros artistas conquistando
el mundo en exposiciones internacionales es alentador.
También es interesante percibir como marcas nacionales
apuestan a lo nuevo, animando a quien llega y
desencadenando una reacción productiva en el circuito
alternativo.
A seguir, presentamos algunos jóvenes creadores
de la llamada generación “sub 30” que ya están
agitando el mercado. Como cantaba Elis Regina,
“lo nuevo siempre viene”.
18
A NOVA PELE DO
DESIGN BRASILEIRO
H A L L D E S I G N
LA NUEVA PIEL DEL
DISEÑO BRASILEÑO
Pela primeira vez em décadas,
o Brasil assiste a uma
nova geração de criadores
que (re)pensam a mobília
contemporânea com DNA
nacional e sotaque cosmopolita.
Aqui e agora, apresentamos
os meninos e meninas mais
criativos dessa geração
“20 e poucos anos”.
Por primera vez en décadas,
Brasil ve una nueva generación
de creadores que (re)piensan el
mueble contemporáneo con ADN
nacional y acento cosmopolita.
Aquí y ahora, presentamos los
chicos y chicas más creativos de
esa generación “20 y pocos años”.
POR ALLEX COLONTONIO
JORNALISTA ESPECIALISTA
EM DESIGN E DECORAÇÃO
ANA NEUTE
neutechvaicer.com
Com passagem pelo IBOIS (Instituto de Madeira da
Politécnica de Lausanne), aos 29 anos, a profissional
paulistana (uma das estrelas da agência MAC Talents,
de Mariana Amaral e Rodrigo Almeida) é formada em
Arquitetura pela Escola da Cidade. Desde de 2015,
ela toca o seu próprio ateliê e desenha mobiliários,
objetos e principalmente iluminação – que já virou a
sua marca registrada.
Habiendo pasado por el IBOIS (Instituto de Madera
de la Politécnica de Lausanne) a los 29 años, la profe-
sional, de la ciudad de São Paulo, (una de las estrellas
de la agencia MAC Talents, de Mariana Amaral
y Rodrigo Almeida) es graduada en Arquitectura
por la Escola da Cidade. Desde el año 2015, lleva
adelante su propio altelie y diseña muebles, objetos y,
principalmente, iluminación -que se convirtió en su
marca registrada.
1...,8,9,10,11,12,13,14,15,16,17 19,20,21,22,23,24,25,26,27,28,...100
Powered by FlippingBook