Definitivamente o mercado Europeu, entre outros, está
muito mais maduro para a questão do design que o nosso.
Os empresários investem em design, a sociedade busca
produtos com qualidade, materiais adequados e preço
justo e tem senso crítico para isto. Os gestores públicos
entendem a importância do design. A prova disso são as
políticas públicas de inovação e design que vem sendo
capitaneadas pela Comunidade Europeia no intuito de
fortalecer a indústria e o setor de serviços em toda Europa.
COMO VOCÊ AVALIA A INDÚSTRIA
NACIONAL DE MOBILIÁRIO HOJE?
É AINDA UMGRANDE DESAFIO
CONCORRER COMOS ITALIANOS,
ALEMÃES, DINAMARQUESES...OU
ESTAMOS NO CAMINHO CERTO?
De uma maneira geral ainda é um desafio, mas não
acredito que isto se deva única e exclusivamente a cultura
dos nossos empresários e ao baixo investimento em
design, mas também a um fator Brasil, onde temos um
cenário econômico desanimador, baixa produtividade,
baixa competitividade, mão-de-obra de alto custo, entre
outros fatores que compõe o custo Brasil. Temos muitas
indústrias no setor moveleiro e poucas têm se destacado
especialmente graças ao uso efetivo e estratégico do
design. A maioria ainda está focada em investir apenas
em máquinas e equipamentos e continuam competindo
por preço com produtos fabricados em altas tiragens,
sem diferenciação e muitas vezes com foco exclusivo em
mercados externos. Em termos de design, o setor tem
desempenho bastante inferior ao do setor de mobiliário
Europeu. No Diagnóstico do Design Brasileiro, ao analisar
o setor moveleiro, o mesmo ficou 58% abaixo do Europeu
em 194 métricas utilizadas para avaliar o uso do design.
Em sua maioria, as empresas de móveis têm contratado
consultorias externas de design, enquanto na Europa
os empresários tendem a buscar internalizar o design
e ter domínio completo e total do processo de design
evidenciando uma maior capacidade de gestão do design.
É ruim generalizar porque sabemos que existem diversas
empresas que se destacam pelo design, mas ainda existe
um número significativo de empresas que desenvolve
produtos baseados em catálogos de concorrentes e em
produtos de feiras internacionais. Temos ainda empresas
que contratam pontualmente para desenvolver um ou
outro produto, mas não tem no design um processo
intrínseco da empresa – nosso desafio é fazer com que
o design passe a fazer parte da cultura organizacional
das empresas se tornando ferramenta estratégica para a
competitividade – isto significa investir em equipes bem
estruturadas com alta capacidade de projeto e gestão
do design, além de estreitar laços com escritórios de
design do mercado que complementem as atividades
desenvolvidas internamente.
con calidad, materiales adecuados y precio justo y tienen
sentido crítico para eso. Los gestores públicos entienden
la importancia del diseño. La prueba de eso son las
políticas públicas de innovación y diseño que vienen siendo
capitaneadas por la Comunidad Europea con el objetivo de
fortalecer la industria y el sector de servicios en toda Europa.
¿CÓMO EVALÚA USTED A LA INDUSTRIA
NACIONAL DE MOBILIARIO HOY? AÚN ES UN
GRAN DESAFÍO COMPETIR CON LOS ITALIANOS,
ALEMANES, DINAMARQUESES...¿O ESTAMOS
EN EL CAMINO CORRECTO?
De un modo general, aún es un desafío, pero no creo que
eso se deba única y exclusivamente a la cultura de nuestros
empresarios y a la baja inversión en diseño, sino también
a un factor Brasil, donde tenemos un escenario económico
desalentador, baja productividad, baja competitividad, mano
de obra de alto costo, entre otros factores que componen
el costo Brasil. Tenemos muchas industrias en el sector
mobiliario y pocas vienen destacándose especialmente
gracias al uso efectivo y estratégico del diseño. La mayoría
aún está enfocada en invertir solo en máquinas y equipos y
siguen compitiendo por precio con productos fabricados en
altos tirajes, sin diferenciación y muchas veces con enfoque
exclusivo en mercados externos. Con relación al diseño, el
sector tiene desempeño bastante inferior al del sector de
mobiliario europeo. En el Diagnóstico del Diseño Brasileño,
al evaluar el sector mobiliario, este quedó un 58% detrás
del europeo en 194 métricas utilizadas para evaluar el uso
del diseño. En su mayoría, las empresas de muebles vienen
contratando consultoría externas de diseño, mientras en
Europa los empresarios tienden a internacionalizar el
diseño y tener dominio completo y total del proceso de
diseño, evidenciando una mayor capacidad de gestión del
diseño. No es bueno generalizar, porque sabemos que hay
diversas empresas que se destacan por el diseño, pero aún
existe un número significativo de empresas que desarrollan
productos basados en catálogos de competidores y en
productos de ferias internacionales. También tenemos
empresas que contratan puntualmente para desarrollar
uno u otro producto, pero no tienen en el diseño un proceso
intrínseco de la empresa –nuestro desafío es hacer que el
diseño pase a formar parte de la cultura organizacional de
las empresas convirtiéndose en herramienta estratégica para
la competitividad–; eso significa invertir en equipos bien
estructurados, con alta capacidad de proyecto y gestión
del diseño, además de estrechar vínculos con oficinas de
diseño del mercado que complementen las actividades
desarrolladas internamente.
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