Página 71 - Revista Hall 37ª Edição - Fevereiro 2014

Produto ideal
“O mundo está cheio de cadeiras desconfortáveis. O que me
encanta é a genialidade da solução quando ela é completa, ou
seja, a forma é linda, é tão bonita que eu compraria só pela
beleza, mas além de ser linda, ela é inteligente, ela é bem feita,
concebida de maneira correta, é boa de usar e é inteligente
na maneira como foi fabricada. A minha formação é: estética,
função e emoção. É um tripé indissociável. Para mim um
produto lindo, inútil, não é um produto, é uma escultura.
Não é design, é arte! Existe uma confusão muito grande,
inclusive de designers renomados que vivem fazendo
esculturas, fantasiadas de cadeiras e outras coisas,
mas não são nada. Você não aguenta sentar”.
Desejo
Na opinião de Guto, o incremento cultural da população
brasileira exige uma demanda por produtos de melhor qualidade,
com bom design, inclusive no dia a dia. “O consumidor quer
comprar uma cadeira que ele se identifique, mesmo que seja
simples. Ele quer um simples bem feito, com qualidade, e não
está comprando para colecionar. Quanto mais evoluída uma
sociedade, mais ela se aproxima da arte e da beleza, como
por exemplo, a civilização grega, que chega a um nível de
sofisticação arquitetônica e artística espetacular. A sociedade
europeia é mais versada do que a brasileira, porque é um hábito,
faz parte da cultura. Aqui ainda estamos em um processo de
amadurecimento, mas eu vejo o Brasil dando passos muito fortes
em direção a isso”, explica Guto. E o melhor exemplo desta
mudança nos hábitos de consumo do brasileiro são os projetos
desenvolvidos pelo escritório Indio da Costa A.U.D.T. entre eles,
postes de iluminação, cabines telefônicas e abrigos de ônibus.
“Quando me contratam para desenhar um poste de rua, acredito
que a Prefeitura quer que ele seja especial e que a população da
cidade valorize”, avalia.
No Rio de Janeiro, o escritório foi o responsável pelos novos
quiosques da orla, pela revitalização urbana de toda a via
comercial do bairro do Leblon (Projeto Rio Cidade), entre outros.
Em São Paulo, Indio da Costa A.U.D.T. foi o vencedor de uma das
maiores licitações de mobiliário urbano do mundo, concebendo
7.500 abrigos de ônibus e totens informativos. “Quando a
população está se preocupando com o design do abrigo de
ônibus, ela está passando uma mensagem dizendo que não quer
qualquer coisa cobrindo os passageiros, e sim algo de qualidade.
Acho que isso tudo é parte de um momento novo”.
Na área dos transportes, outro projeto que demonstra
a preocupação com o design e, consequentemente, o
amadurecimento cultural da população, é o VLT, rede de veículos
leves sobre trilhos. O VLT integrará o centro do Rio de Janeiro,
o Aeroporto Santos Dumont e a Barca Rio-Niterói à região
portuária da cidade. “É um produto que transporta 400 pessoas
confortavelmente, não polui, é silencioso, não utiliza plataformas
e se locomove captando energia elétrica ao longo do percurso. É
um produto amigável, que modifica a maneira como as pessoas
se movimentam aqui na cidade”, explica. A previsão é de que
o sistema esteja em funcionamento em 2016, durante os Jogos
Olímpicos do Rio de Janeiro.
Producto ideal
“El mundo está lleno de sillas incómodas. Lo que me encanta
es la genialidad de la solución cuando ella es completa, o sea,
la forma es linda, y tan bonita que yo la compraría sólo por
la belleza, pero, además de ser linda, ella es inteligente, está
bien hecha, concebida de manera correcta, es bueno usarla y
es inteligente en el modo cómo la han fabricado. Mi formación
es: estética, función y emoción. Es una trípode indisociable.
Para mí, un producto lindo, inútil, no es un producto, es una
escultura. ¡No es diseño, es arte! Existe una confusión muy
grande, incluso de diseñadores renombrados que viven haciendo
esculturas, disfrazadas de sillas y otras cosas, pero no son nada.
Uno no aguanta sentarse”.
Deseo
En la opinión de Guto, el incremento cultural de la población
brasileña exige una demanda por productos de mejor calidad,
con buen diseño, incluso en el día a día. “El consumidor quiere
comprar una silla que él se identifique, aunque sea sencilla. Él
quiero algo sencillo pero bien hecho, con calidad, y compra para
coleccionar. Cuanto más evolucionada una sociedad, más ella
se acerca al arte y a la belleza, como por ejemplo, la civilización
griega, que llega a un nivel de sofisticación arquitectónica y
artística espectacular. La sociedad europea es más versada que
la brasileña, porque es un hábito, es parte de la cultura. Aquí
aún estamos en un proceso de maduración, pero veo a Brasil
dando pasos muy fuertes hacia eso”, aclara Guto. Y el mejor
ejemplo de ese cambio en los hábitos de consumo del brasileño
son los proyectos desarrollados por la oficina Indio da Costa
A.U.D.T. entre ellos, poste de iluminación, cabinas telefónicas y
abrigos de autobuses. “Cuando me contratan para diseñar un
poste de calle, creo que la Alcaldía quiere que él sea especial y
que la población de la ciudad lo valore”, evalúa.
En Río de Janeiro, la oficina fue la responsable por los nuevos
quioscos de la orla, por la revitalización urbana de toda la vía
comercial del barrio de Leblon (Proyecto Río Ciudad), entre
otros. En São Paulo, Indio da Costa A.U.D.T. fue el ganador
de una de las licitaciones más grande de mobiliario urbano
del mundo, concibiendo 7.500 abrigos de autobuses y tótems
informativos. “Cuando la población se preocupa con el diseño
del abrigo de autobús, ella está pasando un mensaje diciendo
que no quiere cualquier cosa cubriendo a los pasajeros,
sino algo de calidad. Creo que todo eso es parte de
un momento nuevo”.
En el área de los transportes, otro proyecto que demuestra la
preocupación con el diseño y, consecuentemente, la madurez
cultural de la población, es el VLT, red de vehículos leves
sobre rieles. El VLT conectará el centro de Río de Janeiro, el
Aeropuerto Santos Dumont y la Barca Rio-Niterói a la región
portuaria de la ciudad. “Es un producto que transporta a 400
personas cómodamente, no contamina, es silencioso, no utiliza
plataformas y se mueve captando energía eléctrica a lo largo
del trayecto. Es un producto amigable, que cambia el modo
como las personas se trasladan aquí en la ciudad”, aclara.
La previsión es de que el sistema esté funcionando en 2016,
durante los Juegos Olímpicos de Río de Janeiro.
Quiosque da orla do Rio de Janeiro Mario Grisolli
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