Página 70 - Revista Hall 37ª Edição - Fevereiro 2014

Guto pautou sua carreira justamente ao oposto do design
arte, o numerado. “Há muitos anos eu faço o contrário,
digamos que eu sou o anti-Campanas”, brinca. E a indústria
aposta cada vez mais no bom design de larga escala e
acessível a um grupo maior de pessoas. Um dos exemplos
citados por Guto é o trabalho de Peter Schreyer, ex-chefe
do Departamento de Design da Audi, contratado pela Kia
Motors. “Se você olhar os anúncios aqui no Brasil, eles têm
a assinatura do Peter. Isso quer dizer que, mesmo uma
indústria de automóvel de larguíssima escala mundial,
entende que colocar o designer criador à frente tem um
valor para a marca. Isso é uma cultura cada vez mais
presente, obviamente quando o design é bom. Existe um
movimento fortíssimo, por exemplo, no Rio de Janeiro, o
Zanini de Zanine fazendo produtos com a marca dele, onde
a assinatura é muito mais forte que a do fabricante. Outra
marca de design forte no Rio de Janeiro, a Lattoog, o Carlos
Motta em São Paulo, os Campana, ou seja, o nome do
design chega na ponta. É uma questão de cultura e o grande
público passa a entender, a apreciar e admirar”, explica.
Mas trabalhar para a indústria e ao mesmo tempo para um
público seleto, que deseja exclusividade nas peças, não é
uma tarefa fácil. O melhor exemplo para esta empreitada, na
opinião de Guto, é o arrojado e criativo arquiteto e designer
israelense Ron Arad, radicado em Londres. “Ele consegue
ter um produto de larga escala, assinado e acessível em
qualquer loja, além de uma linha exclusivíssima, em baixa
escala e numerada. Ele tem uma cadeira de plástico que você
encontra em qualquer loja, mas ao mesmo tempo, eu vi em
uma feira em Paris, cadeiras semelhantes a esta, mas com
um metal incrível, com apenas 12 peças assinadas pelo Arad.
É um produto que entra segmento de design arte, é uma
peça para investimento, para colecionadores. O questionável
é fazer o top de linha, vendido por uma fortuna e numerado
ad infinitum”, avalia Guto.
Guto ha pautado su carrera justamente al opuesto del diseño
arte, el numerado. “Hace muchos años hago lo contrario,
digamos que soy el anti Campanas”, bromea. Y la industria
apuesta cada vez más en el buen diseño de gran escala y
accesible a un grupo más grande de personas. Uno de los
ejemplos mencionados por Guto es el trabajo de Peter Schreyer,
exjefe del Departamento de Diseño de Audi, contratado por
Kia Motors. “Si observas los anuncios aquí en Brasil, ellos tienen
la firma de Peter. Eso quiere decir que, incluso una industria
de automóvil de grandísima escala mundial, entiende que
colocar al diseñador creador al frente tiene un valor para la
marca. Eso es una cultura cada vez más presente, obviamente
cuando el diseño es bueno. Existe un movimiento fortísimo, por
ejemplo, en Río de Janeiro, Zanini de Zanine haciendo productos
con su marca, donde la firma es mucho más fuerte que la del
fabricante. Otra marca de diseño fuerte en Río de Janeiro,
Lattoog, Carlos Motta en São Paulo, Campana, o sea, el nombre
del diseño llega en la punta. Es una cuestión de cultura y el gran
público pasa a entender, a apreciar, a admirar”, explica.
Pero, trabajar para la industria y, a la vez, para un público
selecto, que desea exclusividad en las piezas, no es una tarea
fácil. El mejor ejemplo para esa obra, en la opinión de Guto,
es el arrojado y creativo arquitecto y diseñador israelí Ron Arad,
radicado en Londres. “Él logra tener un producto de gran escala,
firmado y accesible en cualquier tienda, además de una línea
exclusivísima, en baja escala y numerada. Él tiene una silla de
plástico que la encuentras en cualquier tienda, pero, a la vez,
vi en una feria en París, sillas similares a esa, pero con metal
increíble, con sólo 12 piezas firmadas por Arad. Es un producto
que, entre el sector de diseño arte, es una pieza para inversión,
para coleccionadores. Lo cuestionable es hacer el top de línea,
vendido por una fortuna y numerado ad infinitum”,
evalúa Guto.
Abrigo de ônibus em São Paulo Detalhe dos quiosques do Rio de Janeiro Mario Grisolli
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