Página 19 - Revista Hall 30

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Nesse seu início você já
trabalhava com uma
linha alta de mobiliário?
Sim, nós nunca trabalhamos com linha baixa,
eu até tentei pois o mercado é muito bom, mas
acaba dando muita reclamação com garantia
e manutenção. E eu gosto de trabalhar com o
belo. Só pra você ter uma ideia, na primeira loja
que tive, a de 18 m
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, eu nem sabia e os Irmãos
Campana estavam começando a despontar.
Eu vendia toda a linha de objetos deles na loja
porque eu vi e me encantei, então, é aquela coisa
de desde novinha gostar do belo. Uma vez, lá no
início, eu estava em São Paulo em uma feira de
objetos e estavam lá os Irmãos Campana com a
poltrona Vermelha (aquela de cordas). Estavam
vendendo por R$ 900,00, hoje custa 40 mil.
Eu tive vontade de comprar, mas como
a minha loja era mais de objetos e eu
não tinha espaço, não comprei.
Mas olhava e dizia “que linda” (risos).
Você tem um mix de
produtos muito bem
escolhido. Como é feita
a seleção?
Todos os anos contratamos a consultoria da
Clarissa Schneider. A conheci no meio do trajeto,
ficamos amigas e ela é muito talentosa. Então,
todo ano a gente monta uma coleção que tem
uma história. Já fizemos “O mundo olha para
China”, decoramos a loja toda com a produção
chinesa, mas com interferência brasileira.
Já fizemos também “A influência portuguesa
na Bahia”. Essa última agora é a “Primavera
Sensual”, algo bem calmo e monocromático.
Já fizemos também a coleção “O que é que a
Bahia tem”, etc. Assim, quando eu vou à feira,
eu já vou com uma ideia. Eu não compro tudo
de uma vez, eu olho, monto um pré-pedido, aí
tenho uma reunião com a Clarissa e escolhemos
tecidos, acabamentos dentro da nossa paleta
de cores. Eu digo que sou estagiária da Clarissa,
aprendo muito com ela.
Did you start out working
with high-end furniture?
Yes, we’ve never sold low-end furniture. I tried
once, since it’s a great market, but you end up
getting a lot of complaints about warranties
and maintenance. And I like working with
beautiful objects. Just to give you an idea, in the
first store, the 18m
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one, I didn’t have any idea
the Campana Brothers were becoming famous.
I sold their whole line in the store because I
saw it and fell in love. It’s that part of me that
has always liked beautiful things. Once, right
at the beginning, I was in São Paulo at a trade
show for decorative objects, and the Campana
Brothers were there with the “Red” armchair,
the one made with cords. They were selling it
for BRL 900.00, and now it costs 40,000. I really
wanted to buy it, but since my store was more
for objects and I didn’t have the room, I didn’t
buy it. But I looked at it and said “fantastic”
(laughter).
You have a well chosen product
lineup. How do you make your
selection?
Every year, we hire consultant Clarissa
Schneider. I met her some years ago and we
became friends – she is very talented. So every
year, we put together a collection with a story
behind it. We’ve done “The World Looks to
China,” decorating the entire store with Chinese
products, but with Brazilian influences. We
also had a collection entitled “The Portuguese
Influence in Bahia.” The most recent one was
“Sensual Spring,” a very calm, monochromatic
collection. We also had a “O que é que a Bahia
tem,” (What’s special about Bahia) collection
etc. That way, when I go to trade shows,
I go with a specific idea in mind. I don’t buy
everything at once, I look, set up a pre-order,
and schedule a meeting with Clarissa to choose
fabrics and finishes to go with our color palette.
I usually tell people I’m Clarissa’s intern,
since I learn so much from her.
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