Nossa balança comercial se equilibra com muita
dificuldade devido ao constante sucesso do agronegócio
e não há erro do governo em firmar os acordos para que
se diminuam as barreiras para nossa carne suína, carne
bovina, café, açúcar, soja, milho, algodão e madeira que
certamente manterão ainda por muitas décadas seus
postos cativos entre os produtos brasileiros de maior
presença no mercado global, dando como moeda de
troca um apoio silencioso para que os bens de consumo
provenientes da indústria de transformação sigam o
caminho inverso a passos largos e ritmo crescente.
A maior demonstração deste apoio silencioso é, sem
dúvida, a força que vem sendo feita para impedir a
flutuação do câmbio, na tentativa inglória de conter
a inflação, que na opinião de todos os especialistas, é
consequência direta de um governo que gasta demais.
Mas esta moeda artificialmente forte não faz sozinha
este trabalho. Existem outros fatores, alguns sutis e
outros chocantes, que a cada dia inviabilizam mais a
atividade industrial no Brasil. A nova onda de normas
regulamentadoras trabalhistas é um forte exemplo.
Absurdos como monitoramento cardíaco de funcionários
para análise de níveis de stress, utilizar tabelas europeias
de controle de temperatura no ambiente das fábricas,
mesmo estando em um país tropical com muitas
indústrias inclusive instaladas em zonas equatoriais,
são apenas algumas das pautas apresentadas por este
governo sindical que não proporciona a mínima
abertura ao diálogo com a iniciativa privada.
A onda verde também vem tomar sua parte nos custos
industriais. Se antes trabalhávamos de quatro a cinco
meses apenas para pagar impostos, e mais dois ou
três meses para os encargos trabalhistas, as indústrias
sustentáveis de hoje já podem colocar pelo menos um
mês de seu faturamento anual dedicado a adaptação ao
código florestal, a política nacional de resíduos sólidos e
cada dia mais alguma nova moda que se inventa. Além
disso, a onda verde também ainda se coloca como a
maior barreira na melhoria de nossa infraestrutura, não
permitindo que se reduza os custos que suas próprias
propostas demandam, hoje, por exemplo, para se
manufaturar um produto que aproveita garrafas pet, se
esbarra em um custo logístico tão elevado que chega a
ser mais barato montar uma fábrica de garrafas novas
ao lado da planta que irá aproveitá-las! E o recorrente
exemplo da energia, que já é fortemente onerada
pelos tributos e não pode aproveitar mais de uma
matriz limpa, renovável e abundante devido a entraves
ambientais, enquanto usinas termoelétricas são abertas
sem as mesmas dificuldades e poluindo muito mais.
Nuestra balanza comercial se equilibra con mucha
dificultad debido al constante éxito del agronegocio,
y no hay error del gobierno en firmar convenios para
que se reduzcan las barreras para nuestra carne
porcina, carne bovina, café, azúcar, soja, maíz,
algodón y madera que, seguramente, mantendrán
aún por muchas décadas sus puestos cautivos entre los
productos brasileños de más presencia en el mercado
global, dando como moneda de negociación un apoyo
silencioso para que los bienes de consumo provenientes
de la industria de transformación sigan el camino
inverso a pasos largos y ritmo creciente.
La principal demostración de ese apoyo silencioso es,
sin dudas, los esfuerzos que se vienen haciendo para
impedir la flotación del cambio en el intento, sin gloria,
de contener la inflación, que, en la opinión de todos
los expertos, es consecuencia directa de un gobierno
que gasta mucho. Pero, esa moneda artificialmente
fuerte no hace ese trabajo sola. Existen otros factores,
algunos sutiles y otros impactantes, que a cada día
inviabilizan más la actividad industrial en Brasil.
La nueva ola de normas reguladoras laborales es un
fuerte ejemplo. Absurdos como monitoreo cardíaco de
empleados para análisis de niveles de estrés, utilización
de tablas europeas de control de temperatura en el
ambiente de las fábricas – a pesar de estar en un país
tropical con muchas industrias incluso instaladas en
zonas ecuatoriales –, son solo algunas de las pautas
presentadas por ese gobierno sindical que
no proporciona la mínima abertura para
el diálogo con la iniciativa privada.
La ola verde también viene a buscar su parte en los
costos industriales. Si antes trabajábamos de cuatro
a cinco meses para pagar impuestos, y otros dos
o tres meses más para los encargos laborales, las
industrias sostenibles de hoy ya pueden poner por lo
menos un mes de su facturación anual dedicada a la
adaptación al código forestal, la política nacional de
residuos sólidos y cada día más alguna nueva moda
que se invente. Además, la ola verde también aún se
presenta como la principal barrera en la mejora de
nuestra infraestructura, impidiendo que se reduzcan
los costos que sus propias propuestas demandan. Hoy,
por ejemplo, para manufacturar un producto que
aprovecha botellas pet, ¡se tropieza en el costo logístico
tan elevado que llega a ser más barato montar una
fábrica de botellas nuevas al lado de la planta que las
aprovechará! Y el recurrente ejemplo de la energía,
que ya está fuertemente gravada por los tributos y no
puede aprovechar más de una matriz limpia, renovable
y abundante debido a obstáculos ambientales, mientras
se abren plantas termoeléctricas sin las mismas
dificultades y contaminando mucho más.
99
1...,89,90,91,92,93,94,95,96,97,98 100,101,102,103,104,105,106,107,108,109,...120