MOBILIÁRIO
Para João Mansur, o Brasil tem muitos fabricantes de mobiliário,
com excelente qualidade de material, mas ainda com pouco
design. “Vejo que os fabricantes da região Sul estão dando
mais importância na contratação de arquitetos e designers
conceituados para assinar coleções. O design brasileiro ainda
é muito baseado no passado, com reedições. Os jovens designers
ainda não estão consagrados. Temos bons profissionais que
infelizmente não são contratados pelos grandes fabricantes.
Ainda é um processo embrionário, mas acredito que a tendência
é que isto se torne quase essencial para o sucesso de novos
produtos“, avalia. Como exemplo, ele cita a rede norte-americana
Restoration Hardware, que contrata arquitetos/vendedores
para desenvolver o projeto para o cliente, além de designers do
mundo inteiro responsável pelas diversas linhas de mobiliário e
objetos de decoração. “Não é top, mas é chique, de bom gosto,
para a forte classe média norte-americana. É um formato de loja
que vai demorar muito para chegar aqui. Falta isso no fabricante
nacional, contratar profissionais para desenvolver mobiliário
e linhas completas”.
Os jovens clientes solicitam para João Mansur peças de design,
mas os demais persistem nos atemporais, os clássicos alemães
como Ludwig Mies van Der Rohe, Le Corbusier. “Mesmo
assim, as cópias estão por todos os lados, porque já viraram
domínio público. Tenho procurado não usar mais os clássicos.
Eu adorava usar Biedermeier com Florence Knoll nos anos 80,
Saarinen. Fazia um mix de mobiliário e iluminação moderna
com antiquariato francês, inglês e português. Sempre foi minha
fórmula de trabalho, mas fui mudando e me adequando ao
mercado”. Para ele, o mobiliário neutro é o ideal. As cores fortes,
influência dos anos 60, devem estar nas paredes. “No meu
apartamento, a sala de jantar e as molduras são todas vermelhas
e, a parede, verde. As pessoas falam que é excêntrico, mas já
existia, na Itália, nas vilas paladianas do século XVIII. É o resgate”.
Mansur mora em um legítimo edifício Lindenberg dos anos 60,
no melhor estilo neoclássico.
TENDÊNCIA
Na opinião de Mansur, a globalização trouxe a vantagem da
atualização em tempo real do que acontece no mundo. “Mesmo
com esta simultaneidade, as tendências não são compreendidas
de imediato pelo grande público. Existe um atraso natural
até a tendência ser firmada na Europa e nos Estados Unidos.
Nos últimos anos a feira de Milão ficou repetitiva. Surgiu agora
o new industrial, que não sei se podemos chamar de design,
já que é um resgate de um desenho bom do passado”.
Para ele a ABIMAD é uma feira importante no país para
apresentar tendências e novidades. “Temos a presença
dos grandes fabricantes e importadores do Brasil”.
MOBILIARIO
Para João Mansur, Brasil tiene muchos fabricantes de
mobiliario, con excelente calidad de material, pero aún con
poco diseño. “Veo que los fabricantes de la región sur están
dando más importancia a la contratación de arquitectos y
diseñadores conceptuados para firmar colecciones. El diseño
brasileño aún está muy basado en el pasado, con reediciones.
Los jóvenes diseñadores no están consagrados. Tenemos buenos
profesionales que, desafortunadamente, son contratados por
los grandes fabricantes. Aún es un proceso embrionario, pero
creo que la tendencia es que eso se haga casi esencial para el
éxito de nuevos productos”, evalúa. Como ejemplo, él menciona
la red norteamericana Restoration Hardware, que contrata
a arquitectos/vendedores para desarrollar el proyecto para el
cliente, además de diseñadores de todo el mundo responsables
por las diversas líneas de mobiliario y objetos de decoración.
“No es top, pero es elegante, de buen gusto, para la fuerte
clase media norteamericana. Es un formato de tienda que
demorará mucho para llegar aquí. Falta eso en el fabricante
nacional, contratar a profesionales para desarrollar mobiliario
y líneas completas”.
Los jóvenes clientes le solicitan a João Mansur piezas de diseño,
pero los demás persisten en los atemporales, los clásicos
alemanes como Ludwig Mies van Der Rohe, Le Corbusier. “Aún
así, las copias están por todos lados, porque ya se convirtieron
en dominio público. Vengo buscando dejar de usar los clásicos.
Me encantaba usar Biedermeier con Florence Knoll en los años
80, Saarinen. Hacía una mezcla de mobiliario e iluminación
moderna con anticuariato francés, inglés y portugués.
Siempre ha sido mi fórmula de trabajo, pero fui cambiando
y adecuándome al mercado”. Para él, el mobiliario neutro es
lo ideal. Los colores fuertes, influencia de los años de 1960,
deben estar en las paredes. En mi departamento, el comedor
y las molduras son todas rojas y la pared, verde. Las personas
dicen que es excéntrico, pero ya existía, en Italia, en las villas
palladianas del siglo XVIII. Es la recuperación”. Mansur vive
en un legítimo edificio Lindenberg de la década de 1960,
en el mejor estilo neoclásico.
TENDENCIA
Mansur piensa que la globalización trajo la ventaja de la
actualización en tiempo real de lo que sucede en el mundo.
“A pesar de esa simultaneidad, el gran público no entiende
las tendencias inmediatamente. Existe un atraso natural hasta
que la tendencia se establezca en Europa y en Estados Unidos.
En los últimos años, la feria de Milán se hizo repetitiva. Surgió
ahora el new industrial, que no sé si podemos llamar de diseño,
ya que es un rescate de un buen diseño del pasado”.
Para él, ABIMAD es una feria importante en el país para
presentar tendencias y novedades. “Tenemos la presencia
de los grandes fabricantes e importadores de Brasil”.
LOFT EM SÃO PAULO - FOTO: PAULO BRENTA
Matéria-prima /
Materia Prima
30
1...,20,21,22,23,24,25,26,27,28,29 31,32,33,34,35,36,37,38,39,40,...120