É muito importante entender que a dificuldade na
competitividade do produto brasileiro não se restringe
no mercado externo. Esta é uma luta perdida há muito
tempo. O grave problema é o nosso mercado doméstico
que, mesmo recessivo, ainda pode ostentar a posição
de 8º do mundo e a velocidade de crescimento da
presença de produtos manufaturados importados é sem
precedentes, mesmo o Brasil já sendo hoje considerado
pela Organização Mundial do Comércio (OMC) como
um país exageradamente protecionista, com alíquotas
de importação de vários produtos próximas às máximas
permitidas pela entidade, algo que traz na verdade
um efeito contrário quando a cultura da impunidade
dá espaço a tanto subfaturamento. Com a extinção
do Departamento de Defesa Comercial que havia no
Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio,
a pouca ou nenhuma possibilidade de proteção, com
salvaguardas ou antidumping, que podia ser requisitada
ao governo pelas indústrias, passou a ser competência
do Ministério da Fazenda, que tem como único objetivo
pagar as contas do governo; e não faz diferença de onde
o dinheiro vem, ao contrário, que se facilite mais de onde
está crescendo.
Essa falta de competitividade do produto acabado
brasileiro dentro do próprio mercado interno já é
uma realidade gritante. Além das lojas, as pessoas já
compram roupas, relógios e diversos outros produtos em
sites internacionais que entregam toneladas por courier
todos os dias, sem contar a euforia de consumo que os
brasileiros desfrutam em suas viagens internacionais,
comprando de eletrônicos, bebidas, roupas e quase
todo tipo de bens, muitas vezes com preços mais de
90 % inferiores ao que se encontra no Brasil. É preciso
mencionar também equipamentos e insumos que as
indústrias importam, sem os quais seria impossível
para muitas manter sua produção.
Es muy importante entender que la dificultad en la
competitividad del producto brasileño no se limita al
mercado externo. Esa es una lucha perdida hace mucho
tiempo. El peor problema es nuestro mercado doméstico
que, aunque recesivo, aún puede ostentar la posición
de 8º del mundo y la velocidad de crecimiento de la
presencia de productos manufacturados importados
es sin precedentes, a pesar de que la Organización
Mundial del Comercio (OMC) considere Brasil hoy como
un país exageradamente proteccionista, con alícuotas de
importación de varios productos cercanas a las máximas
permitidas por la entidad, algo que trae, en realidad,
un efecto contrario cuando la cultura de la impunidad
da lugar a tanta subfacturación. Con la extinción del
Departamento de Defensa Comercial que había en el
Ministerio de Desarrollo, Industria y Comercio, la poca
o ninguna posibilidad de protección, con salvaguardias
o antidumping, que las industrias podrían solicitarle al
gobierno, pasó a ser de responsabilidad del Ministerio
de Hacienda, que tiene como único objetivo pagar las
cuentas del gobierno; y no hace diferencia de dónde
viene el dinero, al contrario, que se facilite más de
donde está creciendo.
Esa falta de competitividad del producto terminado
brasileño dentro del propio mercado interno ya es
una dura realidad. Además de las tiendas, las personas
ya compran ropas, relojes y varios otros productos
en páginas internacionales que entregan toneladas
por courier todos los días, sin hablar de la euforia
de consumo que los brasileños disfrutan en sus viajes
internacionales, comprando desde electrónicos, bebidas,
ropas y casi todos los tipos de bienes, muchas veces con
precios más del 90% inferiores a lo que se encuentra
en Brasil. Hay que mencionar también los equipos e
insumos que las industrias importan, sin los cuales
sería imposible para muchas mantener su producción.
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