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Na verdade, esbarramos ainda em dois grandes
problemas que, apesar de serem muito mais subjetivos,
são provavelmente os mais graves. O primeiro é a
burocracia, a quantidade de regras, impostos, regimes
especiais e inúmeras situações que o industrial
brasileiro tem que, não apenas pagar, mas acima de
tudo entender, se adaptar, responder, preencher e
protocolar, transformando cada vez mais os trabalhos
comercial e produtivo como atividades de segundo plano
no tempo dedicado a gestão da empresa. E o maior e
mais preocupante de todos os fatores é que um poder
público que tanto cobra e responsabiliza as empresas
em todo tipo de alçada, e nisso incluem-se não somente
o governo federal, mas todos os Estados e prefeituras,
que não entregam apenas infraestrutura precária mas,
pior que isso, não proporcionam ao povo o maior e
mais importante direito fundamental do ser humano,
garantido, inclusive pela Constituição, que é o acesso
à educação de qualidade. E não se trata do sentido
genérico e romântico desse acesso, trata-se da situação
prática e vital para as indústrias. Sem uma educação
básica de qualidade, não existe mão de obra com o
mínimo de qualificação para oferecer produtividade,
respeitar o meio ambiente, obedecer regras, evitar
acidentes. Não basta tentar forçar para cima o IDH
(Índice de Desenvolvimento Humano) com programas
que aumentam o acesso ao ensino superior, se o chão
de fábrica sempre precisará de gente, e gente com boa
educação fundamental. Hoje já colhemos os frutos de
décadas de descaso com este tema, e muito
da competitividade que o produto brasileiro perde é
fruto desta situação. Exigem das indústrias brasileiras
padrão europeu de produtos, regras e produção; fala-
se em reduzir jornada de trabalho aos patamares de
Holanda ou França, mas não temos um país europeu
em infraestrutura, educação e segurança, portanto,
a conta não fecha.
En realidad, tropezamos en dos grandes problemas
que, a pesar de muy subjetivos, son probablemente los
más graves. El primero es la burocracia, la cantidad de
normas, impuestos, regímenes especiales e innúmeras
situaciones que el industrial brasileño debe no solo
pagar, sino principalmente entender, adaptarse,
responder, completar y protocolar, convirtiendo
cada vez más los trabajos comercial y productivo en
actividades de segundo plano en el tiempo dedicado a
la gestión de la empresa. El mayor y más preocupante
de todos los factores es que un poder público, que tanto
exige y responsabiliza las empresas en todo tipo de
esfera, y en eso se incluyen no solo el gobierno federal,
sino todos los estados y alcaldías que no entregan solo
infraestructura precaria, sino, y peor que eso, no le
proporcionan al pueblo el mayor y más importante
derecho fundamental del ser humano, garantizado
incluso por la Constitución: el acceso a la educación de
calidad. Y no se trata del sentido genérico y romántico
de ese acceso, se trata de la situación práctica y vital
para las industrias. Sin una educación básica de
calidad, no existe mano de obra con el mínimo de
calificación para ofrecer productividad, respetar el
medio ambiente, respetar normas, evitar accidentes.
No es suficiente intentar forzar hacia arriba el IDH
(Índice de Desarrollo Humano) con programas que
aumentan el acceso a la enseñanza superior, si el piso
de producción siempre necesitará de personas, y
personas con buena educación primaria. Hoy, ya
cosechamos los frutos de décadas de descaso con ese
tema, y mucho de la competitividad que el producto
brasileño pierde es resultado de esa situación. Exigen de
las industrias brasileñas estándar europeo de productos,
normas y producción; se habla de reproducir jornada
de trabajo a los niveles de Holanda o Francia, pero no
tenemos un país europeo en infraestructura, educación
y seguridad, por lo tanto, la cuenta no cierra.
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