Página 24 - Revista Hall 39ª Edição - Julho 2014
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Em matéria de influências, nessa fase juvenil, aparecia
na casa um pouco de tudo: do barroco austríaco ao
vitoriano das cadeiras decoradas com madrepérola.
Tambores militares serviam de mesas laterais e murais
em estilo circense pintados por amigos cobriam as
paredes. Em uma festa campestre, em 1937, a casinha de
tijolos no jardim foi circundada de guirlandas de flores
de papel e o gramado em frente foi ocupado por ovelhas
com laços de cetim no pescoço.
Apesar de muitos de seus móveis estarem perdidos,
o curador Andrew Ginger e Roger Barnard, donos da
tecelagem Beaudesert, situada também nos arredores de
Wiltshire, conseguiram recriar para a exposição algumas
das peças mais emblemáticas. Entre elas, a cama de
dossel inspirada num carrossel, policromada e esculpida
com figuras mitológicas como cavalos marinhos. Uma
estampa sobre chintz cor de rosa que Beaton muito
admirava, foi recriada pela Beaudesert para forrar
um sofá que estava ainda em Reddish. E dois painéis
com 3000 botões de madrepérola aplicados, réplicas
dos muitos que compunham as cortinas originais
ornamentadas com 3 milhões de botões do estúdio do
fotógrafo em Ashcombe, foram recriadas em Bangalore.
Em sua biografia, Cecil Beaton deixa dito que o trabalho
de um “fashion photographer” é produzir uma apoteose.
Seria transformar um sonho em realidade, atingir a
perfeição, o momento máximo. No posfácio do livro
“Queen Elizabeth II: Portraits by Cecil Beaton”, Mario
Testino lembra “o set, as luzes, as roupas...essa mágica
à qual todos almejamos...Em nosso mundo moderno,
entretanto, tudo é rápido, da fotografia à comida, mas
Beaton era o oposto disso tudo. Era como um jantar de
cinco pratos, à luz de velas e com amigos à volta”.
Sua obra é um registro muito claro das transformações
estéticas ocorridas durante o século XX e sobre as
pessoas que, por sua atitude e comportamento, foram
fundamentais para a formação do gosto num período
muito rico da história da moda e da decoração.
Cecil Beaton at Home
Ashcombe and Reddish
Até 19 de setembro de 2014
Museu South Wiltshire
Salisbury – UK
FOTOS: DIVULGAÇÃO / © PRIVATE COLLECTION /
© JOHNSON & JOHNSON / © CECIL BEATON ARCHIVE, SOTHEBY /
ASHCOMBE © GETTY IMAGES/ TIME LIFE / BEAUDESERT UK
Con relación a las influencias, en esa etapa juvenil, aparecía en la casa
un poco de todo: desde lo barroco austríaco hasta lo vitoriano de las
sillas decoradas con madreperla. Tambores militares servían de mesas
laterales y murales en estilo circense pintados por amigos cubrían
las paredes. En una fiesta campestre, en 1937, la casita de ladrillos en
el jardín estuvo rodeada de guirnaldas de flores de papel y el césped
enfrente estuvo ocupado por ovejas con moños de satén en el cuello.
A pesar de que muchos de sus muebles estén perdidos, el curador
Andrew Ginger y Roger Barnard, dueños de la tejeduría Beaudesert,
ubicada también en los alrededores de Wiltshire, lograron recrear
para la exposición algunas piezas más emblemáticas. Entre las piezas,
la cama de dosel inspirada en una carrusel, policromada con figuras
mitológicas como caballos marinos. Un estampado sobre chintz de color
rosa el cual Beaton admiraba mucho ha sido recreado por la Beaudesert
para forrar un sofá que aún estaba en Reddish. Y de los paneles con
3000 botones de madreperla aplicados, réplicas de los muchos que
componían las cortinas originales ornamentadas con 3 millones
de botones del estudio del fotógrafo en Ashcombe, han sido
recreadas en Bangalores.
En su biografía, Cecil Beaton deja dicho que el trabajo de un “fashion
photographer” es producir una apoteosis. Sería como realizar un sueño,
alcanzar la perfección, el momento máximo. En el postfacio del libro
“Queen Elizabeth II: Portraits by Cecil Beaton”, Mario Testino recuerda
“el set, las luces, las ropas... esa mágica a la cual todos anhelamos...
En nuestro mundo moderno, sin embargo, todo es rápido, desde la
fotografía hasta la comida, pero Beaton era el opuesto de todo eso.
Era como una cena de cinco platos, a luz de las velas y con
amigos alrededor”.
Su obra es un registro muy claro de las transformaciones estéticas
ocurridas durante el siglo XX y sobre las personas que, por su actitud y
comportamiento, fueron fundamentales para la formación del gusto
en un período muy rico de la historia de la moda y de la decoración.
CECIL BEATON EM SEU PRIMEIRO
TRAJE NA NOITE DO FÊTE
CHAMPÊTRE, EM SEU QUARTO
CIRCUS - 10 DE JULHO DE 1937
PAPEL DE PAREDE E TECIDO DA
CADEIRA DA COLEÇÃO CECIL BEATON
FABRICS – BEAUDESERT UK
ESTAMPA OLHOS DE
GRETA GARBO - COLEÇÃO
CECIL BEATON FABRICS –
BEAUDESERT UK
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De Estilo e Olhar /
De Estilo y Mirada
